
Entretanto, um dos pontos que mais chamam a atenção no esforço do ministério no combate a tais males é a criação da campanha “Muito prazer, sexo sem DST”, a ser lançada na Festa do Peão de Barretos.
Além do trocadilho no nome (um tanto diferente, já que dá a entender uma forma bizarra de se apresentar), de jingles que contam a participação de cantores sertanejos (a cantoria reúne 12 artistas, como Daniel e Chitãozinho e Xororó) e da distribuição de 100 mil camisinhas, foi criado o hotsite www.aids.gov.br/muitoprazer
Na página, o internauta pode se informar sobre a prevenção e o tratamento de diversas doenças e ainda criar um cartão virtual a ser enviado por e-mail ao parceiro sexual, nos moldes dos que são populares na internet e que normalmente são enviados em ocasiões como aniversários e outras datas comemorativas.
Porém, o criativo texto elaborado pelo Ministério da Saúde possui um conteúdo bem mais sério, estranho para ser enviado por um cartão virtual. O recado diz: “Oi! Não sei se essa é a melhor forma de dizer, mas descobri que tenho uma DST (Doença Sexualmente Transmissível). Fui numa Unidade de Saúde, procurei um médico e já estou me tratando. Acho que você deveria fazer o mesmo”.
Segundo Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST e Aids do ministério “as pessoas têm muita dificuldade de contar que estão infectadas. As novas tecnologias de comunicação ajudam a enfrentar essas doenças de forma direta e com o mínimo possível de exposição"
As DSTs tem peculiaridades e particularidades que justificam o diferencial de atendimento a outros usuários igualmente graves. O caráter de atendimento não pode ser apenas na linha curativa, pois lidar com esses usuários nos remete a questões que envolvem a doença em si, a possibilidade eminente de morte e repercuti atingindo também o contexto familiar, social, econômico, psicológico, político justificando-se a necessidade de uma equipe interdisciplinar.
Os Assistentes Sociais, por serem, segundo MARTINELLI, profissionais que chegam o mais próximo possível do cenário da vida cotidiana das pessoas com as quais trabalham, tem muito a contribuir, pois o “que para muitas profissões é relato, para nós é vivência, o que para muitos profissionais é informação, para nós são fatos, plenos de vida, saturados de história”. (Martinelli,1997).
Para o Serviço Social, o atendimento aos usuários com DSTs está ancorado no acesso a informações e na Educação Reflexiva, visando orientar e informar sobre o tratamento, direitos e deveres, questões trabalhistas, previdenciárias e jurídicas. Atua também diretamente com as expressões da Questão Social advinda desta demanda, como à falta de alimentação, medicação e transporte, sendo extensivo o acompanhamento social a familiares que enfrentam as mesmas dificuldades dos usuário.
Fontes:
POP News / Vida e Saúde
MARTINELLI. Maria Lúcia. A Nova Identidade Profissional. Revista SERVIÇO SOCIAL HOSPITALAR-CASS-FMUSP,S.P, v.4, n1,p. 21, 1997.
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